2.6.1 Funções Implícitas.
Suponhamos temos uma equação envolvendo duas variáveis digamos x e y, do tipo f(x, y)= C onde C é uma constante real.
Geralmente esta equação podemos representar gráficamente mediante alguma curva no plano cartesiano x0y.
Pergunta: Esta curva pode ser o gráfico de uma função ? 6y Geralmente isto não acontece.
3 Pergunta: Existe um “trecho” da curva que seja possível exprimir y como função de x (ou então y como -x função de x)?; isto é podemos representar f : A ¡.
B ¡3 3 para determinados subconjuntos de números reais?.
Quando a resposta é afirmativa, diz-se que a função ?¡3 f : A ¡.
B é definida implícitamente pela equação f(x, y) = C.
Exemplo 2.63.
Seja a equação x2 +y2 =9 representada no plano cartesiano é o gráfico de uma circunferência de centro (0, 0) e raio 3 como mostra a Figura (2.31).
Observe que a circunferência não é o gráfico de uma função; mas podemos separar em "trechos"o domínio dessa relação para obter y como função de x.
v
2
i) A função f :[¡3, 3] ¡.
R definida por f(x)= 9 - xcujo gráfico é a semicircunferência superior ao eixo 0x.
v
ii) A função f :[¡3, 3] ¡.
R definida por f(x)= - 9 - x2 cujo gráfico é a semicircunferência inferior ao eixo 0x.
2.6.2 Função Periódica.
Definição 2.19.
Dizemos que uma função f : A ¡.
R é periódica quando existe um número real t 60, tal
= que para todo x .
D(f), temos: i) x + t .
D(f) ii) f(x + t)= f(x)
O número t denomina-se “um período de f”.
O menor período positivo t de f quando exista, denomina-se “o período de f”, e neste caso dizemos que f é periódica de período t.
Exemplo 2.64.
A função mantiza f : R ¡.
R definida por f(x)= x¡.
x .
é periódica de período t =1.
Observe que f(x +1) = (x + 1)¡.
x +1 k= x +1¡.
x k¡1= x¡.
x k= f(x) e não existe outro número t tal que 0 <t< 1 que seja o período de f, o gráfico da função mantiza ilustra-se na Figura (2.32).
¡x -
-
2.6.3 a) b) f(¡x) = f(¡x) = ¾¡x ¡2 0 2 -¾¡x ¡2 -
?¡y Função Par Figura 2.34: ?¡y Função Ímpar
Exemplo 2.66.
A função f(x)= x4, para x .
R é função par, pois para todo x .
R e ¡x .
R temos que
4
f(¡x)=(¡x)4 = x= f(x).
Exemplo 2.67.
A função f(x)= x5 , para x .
R é função ímpar, pois para todo x .
R e ¡x .
R temos que
5
f(¡x)=(¡x)5 = ¡x= ¡f(x).
Observação 2.8.
a) O gráfico de toda função ímpar é simétrica respeito do origem de coordenadas.
b) O gráfico de toda função par é simétrica respeito do eixo 0y.
Exemplo 2.68.
Classifique as funções abaixo em pares, ímpares ou sem paridade:
a) f(x)=2x b) g(x)= x2 - 1 c) h(x)= x2 - 5x +6
Solução.
a) f(¡x) = 2(¡x)= ¡2x .
f(¡x)= ¡f(x), portanto f é ímpar.
b) g(x)= x2 - 1 .
g(¡x)=(¡x)2 - 1= x2 - 1 .
g(x)= g(¡x), portanto g é par.
c) h(x)= x2 - 5x +6 e h(¡x)=(¡x)2 - 5(¡x)+6= x2 +5x +6
Como h(x) 66
= h(¡x), então h não é par; temos também que ¡h(x)= h(¡x), logo h não é ímpar.
Por não ser par nem ímpar, concluímos que h é função sem paridade.